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SPEAKING Model — As Oito Dimensões do Domínio do Inglês

Como medir, entender e desenvolver o domínio real do inglês — muito além do “básico, intermediário e avançado”

Introdução

Dominar o inglês não é apenas saber regras ou decorar palavras. É sustentar o idioma em situações reais — ouvir, responder, negociar, improvisar e continuar pensando em inglês mesmo quando cansa. Essa competência nasce da integração de oito dimensões mensuráveis, reunidas no modelo SPEAKING: Structure, Pronunciation, Exposure, Adaptability, Knowledge, Interaction, Neuro-speed e Grit.


O modelo foi criado para transformar algo abstrato (“falar bem inglês”) em algo observável e treinável. Ele permite mapear forças e fragilidades, entender o estágio atual e traçar um caminho claro de evolução — técnico, comunicativo e mental.

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S — Structure (Gramática e Organização Mental)

Representa a compreensão e o uso funcional das regras da língua. É o esqueleto do discurso. Saber dizer I’ve been studying for hours no lugar de I study since hours mostra domínio estrutural. Um bom uso da estrutura permite clareza e precisão, mesmo em frases complexas. Cresce com prática contextual, feedback e observação consciente das construções reais de nativos.


P — Pronunciation (Som, Ritmo e Clareza)

É a qualidade sonora da fala: articulação, entonação e ritmo. Uma boa pronúncia garante que o ouvinte entenda sem esforço. Quem diz sheet como shit ou focus como f** us* sente na pele o impacto disso. Treina-se com imitação ativa, shadowing e atenção aos padrões musicais do idioma.



E — Exposure (Compreensão Auditiva e Leitura)

Mede o quanto o aluno entende o inglês natural — rápido, real e contextualizado. Inclui seguir raciocínios, identificar sotaques e interpretar intenções. Um aluno com alta exposição entende séries sem legenda e conversa em reuniões sem se perder. A melhora vem com contato diário com áudio e texto autêntico, preferencialmente com propósito claro.


A — Adaptability (Pragmática Cultural)

É saber ajustar o tom, o nível de formalidade e a forma de falar conforme a situação. Um líder não fala igual com um cliente e com um amigo. Dizer Could you send me that report? soa colaborativo, enquanto Send me that report soa autoritário. A adaptabilidade é o que faz o inglês soar profissional e empático. Desenvolve-se com observação cultural e correção de tom em interações reais.


K — Knowledge (Vocabulário Ativo e Estratégico)

É o repertório lexical que sustenta a comunicação. Inclui palavras, expressões e collocations (como make a decision, take a risk). Não basta saber palavras — é preciso saber usar as certas em cada contexto. A expansão vem com leitura variada, anotações intencionais e prática ativa de uso, não memorização passiva.


I — Interaction (Condução de Conversa e Timing)

Refere-se à habilidade de iniciar, manter e encerrar interações com naturalidade. Inclui escuta ativa, reformulação, perguntas e gestão de turnos de fala. Um bom interator mantém o fluxo, entende piadas, muda de assunto com leveza. Treina-se em simulações não roteirizadas e conversas reais.


N — Neuro-speed (Velocidade Mental de Resposta)

É o tempo entre pensar e falar. Traduz a rapidez cognitiva do inglês automático. O aluno deixa de traduzir e passa a reagir no idioma. Essa velocidade vem de prática deliberada de fala rápida, debates e jogos linguísticos que exigem resposta imediata. Quanto menor o intervalo entre pensamento e fala, maior a fluência.


G — Grit (Resistência e Consistência)

É a capacidade de sustentar o inglês por tempo, pressão e dias ruins. Aprender uma língua exige energia mental — e resiliência. Grit é o que mantém o aluno falando mesmo quando erra, cansado ou sem vocabulário perfeito. Desenvolve-se com rotina constante e pequenas vitórias diárias que reforçam autoconfiança.


Como medir o domínio

Cada dimensão é avaliada de 0 a 5, conforme critérios objetivos:

0–1: dependente de ajuda;

2: básico funcional;

3: operacional consistente;

4: avançado autônomo;

5: nativo ou fluente.


Core Técnico (S, P, K) define a base linguística.

Performance Comunicativa (E, A, I) mostra a aplicação real.

Potência Mental (N, G) determina a fluência sob pressão.


Faixas gerais: Básico: Core ≥2 e demais sem 0–1Intermediário: Core ≥3 e metade das outras ≥2Avançado: Core ≥4 e maioria ≥3Executivo: Core ≥4.5 e todas ≥4

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